quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

ABSURDO: Pastor mantém fotógrafo em cárcere privado

Do Cosmo Online

O fotógrafo Gustavo Magnusson, da Rede Anhanguera de Comunicação (RAC), foi mantido em cárcere privado após registrar a queda de blocos de gesso que revestem o teto do templo da Igreja Universal do Reino de Deus na Avenida João Jorge, em Campinas, no início da noite de ontem (04).

O repórter-fotográfico, durante o seu trabalho, foi abordado por seguranças e pelo pastor Carlos, que o ameaçaram, pedindo a entrega do material fotográfico como condição para a sua libertação. A Delegacia Seccional de Campinas foi acionada pelo jornal e enviou ao local uma equipe do Grupo de Ação e Repressão a Roubos e Assaltos (Garra).

Diante da resistência dos funcionários do templo em libertar o fotógrafo, os policiais comunicaram que, se não houvesse a liberação imediata, invadiriam o templo e prenderiam os responsáveis. Depois de alguns minutos, o fotógrafo deixou a igreja em uma viatura do Garra, mas acompanhado por um representante da Igreja Universal.

Um boletim de ocorrência (BO) foi registrado no 1º Distrito Policial (DP) de Campinas. A Polícia Civil vai instaurar um inquérito para apurar as condições em que o fotógrafo foi mantido sob cárcere privado durante cerca de 30 minutos.

Na delegacia, os seguranças afirmaram que mantiveram o fotógrafo dentro da Igreja e exigiram o material porque não havia autorização para o registro das imagens.

Gesso estufado dava sinais da quedaSegundo um frequentador do templo que preferiu não revelar o nome para a reportagem do Cosmo On Line, a chuva que caiu na última segunda-feira deixou água acumulada no teto, deixando o gesso estufado e dando sinais que iria cair.

' É comum entrar água na igreja em dias de chuva. Nem a escola bíblica, onde ficam as crianças, fica livre da água', disse. Ainda de acordo com o homem, as pessoas que participavam do culto das 20h ouviram um estrondo vindo do teto. Aproximadamente 1.200 pessoas estavam no prédio quando a lateral começou a ruir.

'As pessoas de idade se assustaram porque houve um enorme estrondo. Foi a maior gritaria.', lembra. A testemunha finalizou, afirmando que mesmo após a queda, o pastor continuou o culto, que só foi paralisado a pedido dos bombeiros. ' O chefe dos bombeiros mandou parar o culto e o pastor pediu que fizesse a santa ceia e finalizasse', completa.

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