sábado, 28 de junho de 2008

Polícia fecha laboratório de CDs e DVDs piratas

Reportagem: Tatyana Montera
Foto: Adriano Polettini

A Polícia Civil prendeu hoje à tarde um homem que mantinha em sua residência, localizada no Jardim Flamboyant (Zona Norte) em Mogi Mirim, um laboratório para produção de CDs e DVDs piratas. Wanderley Alves de Oliveira, 40, o Deco – apontado pelas investigações como responsável pela pirataria – saiu algemado do local.

A prisão de Deco e a descoberta do laboratório à serviço da pirataria foram resultado de três meses de investigação da Polícia Civil de Mogi Mirim. A primeira suspeita sobre a produção em larga escala de mídias falsificadas foi levantada por meio do disque-denúncia (181).

No dia 20 de março, o disque-denúncia recebeu a informação de que na casa de número 39 da rua Vicente Bazani, na cidade de Mogi Mirim funcionava há aproximadamente dois anos, um laboratório para produção de CDs e DVDs piratas. O informante ainda citava que as encomendas eram feitas via telefone e que o horário de funcionamento do laboratório era a partir das 13h00, diariamente.

O informante ainda apontava Deco como o responsável pela produção e distribuição do material ilegal. Paralelamente à denúncia anônima, uma apreensão feita pelo DEIC (Departamento Estadual de Investigações Criminais) também apontou Deco como um dos falsificadores de mídias, com atuação no interior paulista.

AÇÃO POLICIAL
Diante desses indícios e de posse de um mandado de prisão e outro de busca e apreensão, os policiais civis foram até a casa de Deco para desmantelar o esquema de falsificação de mídias existente no local.

O laboratório que produzia CDs e DVDs piratas funcionava nos fundos da casa, em uma edícula, com acesso lateral por um corredor. Havia no cômodo cinco CPUs, 15 drivers de gravação de áudio e vídeo, quatro monitores de computador, quatro impressoras, quatro teclados e três scanners.

Os policiais também encontraram no laboratório mais de 10 pastas cheias de CDs e DVDs utilizados como matriz para as gravações. Além disso, aproximadamente 3 mil mídias falsas encartadas e plastificadas, prontas para entrega, também foram localizadas e apreendidas.

Para o delegado responsável pelo caso, Alexandre Ferraciolli Pereira, Deco era um grande atacadista de produtos pirateados com capacidade para abastecer comércios não só de Mogi Mirim, mas também de toda a região.

“Com a estrutura que havia no laboratório, ele produzia por baixo, 500 cópias por semana. A falsificação era feita em larga escala, mesmo porque as vendas ocorriam no atacado, ou seja, somente em grande quantidade. Por isso, há grandes chances dele ter clientes não só na cidade, mas também por toda a região”, afirmou Pereira.

Segundo a Polícia Civil, em seu depoimento Deco permaneceu calado. Ele não revelou nada a respeito do esquema de falsificação de mídias. Não disse para quem revendia, nem há quanto tempo, e tampouco o valor das mídias comercializadas no atacado.